Apresentação

Os desafios da Formação e do Trabalho do Professor de Química no mundo contemporâneo

O Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) é o maior e mais importante evento da Comunidade de Ensino de Química do país. O número de inscritos e de participantes no XVIII ENEQ realizado em Florianópolis (SC) (www.eneq2016.ufsc.br) superou todas as expectativas, demonstrando, assim, a vitalidade da Comunidade de Educadores Químicos. Foram aproximadamente 2.470 pessoas inscritas (290 professores universitários, 424 da educação básica, 371 alunos da pós-graduação e 1.371 alunos da graduação). Os trabalhos submetidos à avaliação foram 1.669, distribuídos em 771 Trabalhos Completos, 823 Resumos e 75 para a MOMADIQ.

O histórico dos ENEQs nos orgulha sempre em termos de participação, vitalidade intelectual e compromissos de seus participantes com o ensino de química e a formação de professores. Na construção dessa história, destaca-se o pioneirismo das professoras Roseli Pacheco Schnetzler e Maria Eunice Ribeiro Marcondes, que coordenaram a primeira edição, em 1982, realizada na Faculdade de Educação da Unicamp. Desde lá, bienalmente, várias cidades e instituições acolheram os ENEQs, sempre com um público ativo e vibrante, em especial de alunos de licenciatura, de pós-graduação e de professores da educação básica.

Esse último encontro, o XVIII ENEQ, foi realizado em Florianópolis (SC) entre os dias 25 a 29 de Julho de 2016, nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e só foi possível graças às instituições promotoras: a UFSC, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), a Universidade para Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (UDESC), o Instituo Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Estadual  e do Instituto Estadual de Educação (IEE). Contou com colaboração da Divisão de Ensino da SBQ, do Conselho Regional de Química e da CAPES) e dos muitos colegas espalhados por todo o país que aturam como avaliadores dos trabalhos, os quais agradecemos muito.

Ao longo dos anos, o ENEQ tem estimulado a área de pesquisa em ensino de química e discussões de experiências de ensino e formação de professores de química. Durante a última edição, foram discutidos e divulgados trabalhos, em diferentes formatos: painéis, workshops, palestras (convidados nacionais e internacional), mesas-redondas, rodas de conversa, conferências, simpósios temáticos e comunicações orais. Além disto, aconteceu uma mostra de material didático constituída pela tradicional MOMADIQ, que este ano foi espaço principal de exposição de materiais didáticos desenvolvidos nos Mestrados Profissionais. As linhas temáticas dos ENEQs foram em torno aos eixos: Ensino e aprendizagem – EAP; Formação de Professores – FP; Materiais Didáticos – MD; Linguagem e Cognição – LC; Experimentação no Ensino – EX; História, Filosofia e Sociologia da Ciência – HFS; Educação em espaços não-formais e divulgação científica – EFD; Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC; Educação ambiental – EA; Abordagem Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS; Currículo e Avaliação – CA e Inclusão e Políticas Educacionais  – IP. Todo processo de avaliação dos trabalhos - seguindo critérios já consolidados na área e estabelecidos pela Divisão de Ensino - envolveu cerca 300 árbitros, formados por professores universitários e pesquisadores da área. Este ano também envolvemos vários doutorandos da área EC/EQ, com formação em química.

Nesta edição o tema central foi “Os Desafios da Formação e do Trabalho do Professor de Química no mundo Contemporâneo”. Os vários temas que foram abordados pelos palestrantes e os trabalhos que ora são socializados nos ANAIS DO XVIII ENEQ, recolhem como nossa Comunidade vem investigando os problemas e experimentando soluções a estes e outros desafios.

Por fim, registramos e saudamos a aprovação, na assembleia final, de uma nova entidade dos Educadores Químicos Brasileiros. Assim, esse XVIII ENEQ, além de mostrar o vigor de nossa área, com um grande número de participantes e trabalhos, também deixou esse novo legado aos que lutam pela valorização do ensino e da docência em química: a aprovação de uma nova entidade que representará os educadores químicos brasileiros! Para isso, aprovou-se a criação de uma Comissão Nacional Provisória (CNP), a qual irá elaborar a proposta de estatuto e promoverá uma consulta para a escolha do nome da nova entidade. É uma janela de esperança que se abre na nossa representação política e científica, agora a ser feita de forma mais direta ao conjunto da sociedade e às esferas governamentais. Fica nossos votos de sucesso, especialmente aos colegas da CNP: Gerson Mol, Elisa Massena, Maria Helena R. Beltran, Wildson Santos, Sidnei Quezada, Eduardo Mortimer, Marcelo Giordan, Agustina Echeverria, Bruno Leite, Maurivan Ramos, Sidelene A. Farias. A escolha de três presidentes honorários: Attico Chassot, Maria Eunice Marcondes e Roseli Schnetzler, exprime bem o reconhecimento dessa histórica construção de identidade e compromisso.

Santiago Francisco Yunes
Coordenador Geral do XVIII ENEQ

Anelise Maria Regiani
Comissão Científica do XVIII ENE



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